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Foto do escritorConsultora da Desordem

Entre o fracasso e a sabedoria

Atualizado: 24 de jun. de 2022



Viver com menos pode não ser uma escolha, mas uma consequência de algo que nós não controlamos, como por exemplo, a pandemia, uma guerra ou outra desgraça.

A questão que se levanta é como é que se encara este “menos”?

Quem se coloca no papel da vítima, sente-se impotente e até acredita que não haja nada que se possa fazer para alterar a situação. A frustração instala-se e a sensação de fracasso torna-se uma realidade.

Compara-se a vida com a dos outros e pior se fica, porque os outros continuam a ter vidas fantásticas, sobretudo nas redes sociais.

Viver com menos desta maneira é cavar o buraco para o “menos” ainda ser maior.

Por outro lado, se partirmos do princípio que não somos o que nos acontece, mas sim, a forma como encaramos o que nos acontece, tudo muda.

Viver com menos não nos diminui, obriga-nos a adaptar a uma nova realidade.

Viver com menos não nos envergonha, dá-nos espaço de superação.

Viver com menos nestas circunstâncias, torna-se uma oportunidade única para se preservar o essencial e defendê-lo com orgulho.

Viver com menos pode até ser o suficiente, assim as expetativas se ajustem.

Quando se tem a noção clara do valor que se tem enquanto pessoa, ter menos por imposição, é só uma fase que pode durar mais ou menos, de acordo com a atitude que se tem perante o que é adverso.

Viver com menos pode não ser uma escolha, o fracasso sim.

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